27 de nov. de 2009

Achados...





Para curiosos

Procurando mais informações sobre o Futurismo, dei de cara com o blog da Vanessa Bortulucce, Café com Gibi.
A Vanessa pesquisa há anos o Movimento Futurista e todo esse estudo foi parar em um livro, publicado em 2008.
Se estiver curioso(a) para saber mais, dá uma passadinha por lá. Vale a pena.






bjos e pé na estrada!

9 de out. de 2009

Como ia dizendo...

Me deixem lhes apresentar outros grandes artistas do Futurismo:

GIACOMO BALLA (1871-1958)
Em sua obra o pintor italiano tentou endeusar os novos avanços científicos e técnicos por meio de representações totalmente desnaturalizadas, embora sem chegar a uma total abstração. Mesmo assim, mostrou grande preocupação com o dinamismo das formas, com a situação da luz e a integração do espectro cromático.

A formação acadêmica de Balla restringiu-se a um curso noturno de desenho, de dois meses de duração, na Academia Albertina de Turim, sua cidade natal.
Em 1895 o pintor mudou-se para Roma, onde apresentou regularmente suas primeiras obras em todas as exposições da Sociedade dos Amadores e Cultores das Belas-Artes. Cinco anos mais tarde, fez uma viagem a Paris, onde entrou em contato com a obra dos impressionistas e neo-impressionistas e participou de várias exposições.

Na volta a Roma, conheceu Marinetti (lembram dele?), Boccioni e Severini. Um ano mais tarde, juntava-se a eles para assinar o Manifesto Técnico da Pintura Futurista. Preocupado, como seus companheiros, em encontrar uma maneira de visualizar as teorias do movimento, apresentou em 1912 seu primeiro quadro futurista intitulado Cão na Coleira ou Cão Atrelado. Dissolvido o movimento, Balla retornou às suas pinturas realistas e se voltou para a escultura e a cenografia.

Embora em princípio Balla continuasse influenciado pelos divisionistas, não demorou a encontrar uma maneira de se ajustar à nova linguagem do movimento a que pertencia. Um recurso dos mais originais que ele usou para representar o dinamismo foi a simultaneidade, ou desintegração das formas, numa repetição quase infinita, que permitia ao observador captar de uma só vez todas as seqüências do movimento.





CARLO CARRA (1881-1966)
Enquanto ganhava seu sustento como pintor-decorador, Carra freqüentava aulas de pintura na Academia Brera, em Milão. Em 1900 fez sua primeira viagem a Paris, contratado para a decoração da Exposição Mundial e, de lá mudou-se para Londres. Ao voltar, retomou as aulas na Academia e conheceu Boccioni e o poeta Marinetti. Um ano mais tarde assinou o Primeiro Manifesto Futurista, redigido pelo poeta italiano e publicado no jornal Le Figaro (isto daqui já contei né?!). Nessa época iniciou seus primeiros estudos e esboços de Ritmo dos Objetos e Trens, por definição suas obras mais futuristas.


Numa segunda viagem a Paris entrou em contato com Apollinaire, Modigliani e Picasso (depois falarei deles com detalhes ok). A partir desse momento começaram a aparecer as referências cubistas em suas obras. Carra não deixou de comparecer às exposições futuristas de Paris, Londres e Berlim, mas já em 1915 separou-se definitivamente do grupo.

Juntou-se a Giorgio De Chirico e realizou sua primeira pintura metafísica. Em suas últimas obras retornou ao cubismo e chegou a publicar vários trabalhos, entre eles La Pittura Metafísica (1919) e La Mia Vita (1943). Representante do futurismo e mais tarde da pintura metafísica, influenciou a arte de seu país nas décadas de 1920 e 1930.





UMBERTO BOCCIONI (1882-1916)
Nascido em Reggio di Calábria, Boccioni mudou-se ainda muito jovem para Roma, onde estudou em diferentes academias. Logo fez amizade com os pintores Balla e Severini. No início, mostrou-se interessado na pintura impressionista, principalmente pela obra de Cézanne. Fez então algumas viagens a Paris, São  Petersburgo e Milão para estudar a técnica mas, ao voltar, entrou em contato com Carrà e Marinetti e um ano depois se encontrava entre os autores do Manifesto Futurista de Pintura, do qual foi um dos principais teóricos.

Ao retornar, publicou o Manifesto Técnico da Pintura Futurista, no qual foram registrados os princípios teóricos da arte futurista: condenação do passado, desprezo pela representação naturalista, indiferença em relação aos críticos de arte e rejeição dos conceitos de harmonia e bom gosto aplicados à pintura.

Em 1912, participou da primeira exposição futurista. Os retratos deformados pelas superposições de planos ainda não conseguiam expressar com clareza sua concepção teórica. Um ano mais tarde, com sua obra Dinamismo de um Jogador de Futebol, Boccioni conseguiu finalmente fazer a representação do movimento por meio de cores e planos desordenados, como num pseudofotograma. Durante a Primeira Guerra Mundial, o pintor se alistou como voluntário e ao voltar publicou o livro Pittura, Scultura Futurista, Dinâmico Plástico (Pintura, Escultura Futurista, Dinamismo Plástico). Morreu dois anos depois, em 1916, na cidade de Verona.






beijos e pé na estrada folks!

21 de set. de 2009

Words like violence

Algumas obras do Marinetti










Breaking the silence

Que as palavras são umas das armas de maior potência e alcance de todos os tempos nós já  sabemos, porém, o que poucos sabem é que isto foi levado muito a sério pela galerinha do Futurismo.


Dando seu ponta pé inicial com o Manifesto Futurista escrito por Filippo Marinetti e publicado no jornal francês Le Figaro, em 1909, o movimento rompia com tudo aquilo que, para eles, era considerado antigo, velho, passado e parado (sim, parado: sem movimento, estagnado, estancado, estático, etc.)


Mas afinal, o que eles tanto fizeram?


Bom, primeiramente fizeram o Manifesto que, só com ele, já podemos entender muito de sua filosfia e ideais. Segue um pequeno trecho:


(...) Então, como rosto coberto da boa lama das oficinas, mistura de escórias metálicas, de suores inúteis, de fuligens celestes - nós, contundidos e de braços enfaixados mas impávidos, ditamos nossas primeiras vontades a todos os homens vivos da terra:

Manifesto do Futurismo

1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.

2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.

3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o extase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.

4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade (...)



Como puderam ver, os muchachos da escola não eram nada quietos e isto era seu propósito: criar o caos, o dinamismo, exaltar o barulho, a agitação e 'detonar' com o antigo e o antiquado moralismo!


Resumindo: os futuristas estimulavam e cultuavam a 'muvuca', a bagunça total, o avanço desenfreado da economia, a potência e o crescimento da tecnologia e o corre-corre do dia-a-dia (alô?!)


Dito isto, chegamos a conclusão do que eles realmente fizeram: rocked  - and shocked - the world! (chocaram todo mundo)


Agora, se tem uma coisa que eles NÃO faziam era seguir regras, não importava sua origem (coitadas das mães deste povo!). Além de não segui-las, eles as quebravam (simples né?!)


Em poucas palavras: eles detonaram com tudo literalmente, dando um tremendo de um 'hasta la vista baby' para as regras gramaticais e estéticas.


Eles perambularam e influenciaram todas as medias (escultura, pintura, arquitetura, literatura, música, cinema, etc.) e, apesar de todo o rompimento com o tradicional, o movimento acabou se tranformando em um dos, senão o primeiro, movimentos vanguardistas do século XX.




beijos e pé na estrada!

Esse povo tá de olho


Vagando por aqui, achei este link 'ótemo'. Vai lá e aproveita para fazer sua inscrição e dar aquela espiadinha no acervo online deles: maravilhoso!




Obra do estudante de Licenciatura em Ed. Artística, Jander Luiz Rama


18 de set. de 2009

9 de set. de 2009

Alguma dúvida?

Ficou curiosa(o) e ainda quer saber mais?!
Olha aqui ô: 96 páginas de puro luxo!
Só podia ser da Taschen né?!




 Marling, Karal Ann






beijos e pé na estrada!

8 de set. de 2009

A chave de ouro

Pode até estar parecendo compulsivo, mas quanto mais pesquiso sobre  o Rockwell, mais cositas bacanas eu termino descobrindo.


Uma dessas cositas bacanas e interessantes trata de um personagem criado durante a II Guerra Mundial e publicado em algumas capas do The Saturday Evening Post: o Willie Gillis Jr. ou só Willie Gillis, como era mais conhecido.


O personagem era um retrato fiel dos americanos da época e seu estilo de vida: um homem comum, mortal, sofredor e, principalmente, batalhador (alguma diferença com os homens e mulheres de hoje?!)


Logo após sua primeira aparição, em 1941, Gillis estourou e, ao todo, foram publicadas 11 capas com o personagem.


O curioso é que Gillis foi retratado de forma tão perfeita e natural - característica em qualquer trabalho do Rockwell - que muitos dos leitores acreditavam que ele, de fato, existia.


Em 1946, Gillis apareceu pela última vez. Desta vez, o personagem não trajava uniforme nem estava em campo da batalha; ele foi visto sentado em uma janela de sua casa, concentrado e estudando.

   
"Nós sabemos que as coisas terminaram bem para Gillis" comentou Rockwell.



beijos e pé na estrada

4 de set. de 2009

Para cantarolar no chuveiro...

e depois se dar um mimo de presente






3 de set. de 2009

Afinal de contas, quem era ele?

Famoso por sua extrema exatidão e meticulosidade na execução de seus trabalhos, Norman Rockwell foi um dos mais destacados pintores e ilustradores dos Estados Unidos do século 20.


Nascido em 1894 em Nova York/USA, Rockwell começou a se interessar por arte desde muito cedo, chegando a frequentar duas das mais consagradas escolas de arte do país: a National Academy of Design e a Art Students League of NY.


O muchacho começou logo cedo a levar seus trabalhos a sério e suas primeiras ilustrações foram parar na revista especializada 'Boy´s Life', publicação da Associação dos Escoteiros dos Estados Unidos.


Da mesma forma que começou a trabalhar cedo, a fama também surgiu rapidamente. Ainda na Boy´s Life, ele foi nomeado editor por três anos consecutivos e, de lá, partiria para trabalhos mais sérios e recompensadores, como por exemplo, a The Saturday Evening Post.




Com a Saturday o namoro foi longo e prazeroso, lhe rendendo 47 anos de trabalho e exatas 321 capas produzidas.


No meio disso tudo, Rockwell ainda arrumou tempo para produzir uma série de cartazes pro-guerra e outras capas mais, como as produzidas para a American Life e The Look Magazine - pivô de sua separação com a Saturday e com quem terminou seus últimos 10 anos de produção.


Rockwell foi um danado mesmo; conseguiu produzir mais de 4.000 obras, todas com a mesma meticulisidade, exatidão e extremos conhecimento anatômico pelo qual sempre foi tão conhecido.


Proveita e dá só uma espiadinha na produção do garoto. Ô santo google!



beijos e pé na estrada

2 de set. de 2009

As rosas que deram o que falar


Ontem a N. me mandou um link 'ótemo' sobre um dos mais famosos cartazes americanos produzidos durante a II Guerra Mundial: Rosie, the Riverter (Rosie, a rebitateira)

O pôster, de 1943, também muito conhecido por sua frase de efeito 'We can do it!' (Nós podemos!) foi criado por J. Howard Miller que tentou, por meio do cartaz, demonstrar o espírito batalhador e encorajador das mulheres da época - que para os que não sabem, foram elas as responsáveis pela produção industrial enquanto os rapazes estavam em campo de batalha.

O que eu acho que vocês realmente não sabem é que a Rosie do Miller é, na realidade, Geraldine Doyle e que a Rosie, de fato, é do Norman Rockwell, mas o nome dela não é Rosie e sim Mary e que a verdadeira Rosie, de quem tanto falamos, virou um ícone ‘pop’ após ter participado de um pequeno filme promocional.

Confundiu? Deixa explicar.

Rosie Will Monroe, a primeira e tão admirada Rosie, era uma jovem viúva com duas filhas que fazia parte do corpo de construção de bombardeiros na Ford´s Willow Run Aircraft Factory, em Michigan/USA.

Certo dia, a caminho do trabalho, a bonita foi observada e convidada pelo astro Hollywoodiano, Walter Pidgeon, a fazer parte de um filme promocional pro-guerra que, pouco depois, foi exibido nos cinemas, deixando a Rosie exposta e, lógico, famosa.


Resumindo: a Rosie virou um ícone, inspirou as mulheres e influenciou os artistas a criarem suas próprias Rosie, entre eles: o Miller e o Rockwell.

Para criar a 'Rosie, the Riveter', que logo saiu na capa da Saturday Evening´s Post, Rockwell convidou Mary Doyle Keefe, uma telefonista local que sua mulher conhecia, para posar por 5$ dólares o dia.

Rockwell conseguiu em 02 dias no total, transformar uma leve e curvilínea telefonista em uma forte e corpulenta rebitareira - uma figura sagrada para o desenvolvimento econômico pro-guerra nos Estados Unidos (reparem na auréola em sua cabeça)

E as fontes garantem: não tardou muito para que a Rosie do Rockwell também se tornasse popular; tão popular que a obra original foi leiloada em Maio de 2002 pela Sotheby´s por $4,959,500,00 dólares.

A Rosie do J. Howard Miller também surgiu de forma inusitada.Trabalhando para o Westinghouse War Production Co-Ordinating Committee em 1942, Miller teve acesso aos arquivos das campanhas e, entre eles, estava a foto da pequena patriota Geraldine Doyle (ela tinha 17 anos na época).

Não se conhece o autor da foto ou seu paradeiro, mas, o que se sabe é que esta foi tirada enquanto a Geraldine estava trabalhando em uma fábrica em Montana/USA.

E o que Miller fez? Pegou a foto, a reinterpretou e bom, o resultado nós já sabemos: We can do it! (e não Rosie, The Riveter como tantos confundem)

O curioso é que a Geraldine não fazia idéia de que tinha virado uma 'pop girl' até ver a obra em uma revista daquela época, em 1984!

Em 1992, o U.S. Postal Service produziu uma série com as artes da II Guerra Mundial e adivinha quem estava lá? Claro, a Rosie, nossa Rosie.

Em Janeiro deste ano faleceu a, até então, mais velha Rosie ainda viva na história, Shirley Karp. Shirley recebeu $6 dólares para posar e duas de suas fotos chegaram a fazer sucesso. Ela foi uma Rosie de 1943 a 1945.

Hoje em dia temos outros e vários tipos de guerra; acredito que ser uma Rosie e lutar por boas causas seria uma ótima pedida, não acham?

*aqui tem a dica de fotos originais, que você acha aqui.


beijos e pé na estrada

1 de set. de 2009

Com fé e pé na estrada


Então garotas,

Todo mundo sabe que o banheiro é o grande templo das mulheres.
Todo mundo sabe que lá, e só lá, pode acontecer de tudo - e tudo mesmo!
Além do básico, a mulherada encontra ali um espaço 'ótemo' para trocar figurinhas, se atualizar em vários assuntos e, de quebra, por a leitura em dia.

Ô santa leitura! Maquiagem, moda e fofocas são assuntos tarimbados em banheiros femininos, certo? Certo. Agora, que tal pensarmos em trocar umas figurinhas com outros, e tão interessantes quanto, assuntos? Que tal um pouco de arte, design, música e outras cositas mais?

Se você, garota como eu, estiver afim de outros tópicos na vida, pode ir se sentando na privada e ir colocando os assuntos em dia. E se vocês aí, da macharada, estiverem afim também, podem até dar uma espiadinha, mas cuidado para não pegar nenhuma das minhas garotas desprevenida.

beijos e pé na estrada