21 de set. de 2009

Words like violence

Algumas obras do Marinetti










Breaking the silence

Que as palavras são umas das armas de maior potência e alcance de todos os tempos nós já  sabemos, porém, o que poucos sabem é que isto foi levado muito a sério pela galerinha do Futurismo.


Dando seu ponta pé inicial com o Manifesto Futurista escrito por Filippo Marinetti e publicado no jornal francês Le Figaro, em 1909, o movimento rompia com tudo aquilo que, para eles, era considerado antigo, velho, passado e parado (sim, parado: sem movimento, estagnado, estancado, estático, etc.)


Mas afinal, o que eles tanto fizeram?


Bom, primeiramente fizeram o Manifesto que, só com ele, já podemos entender muito de sua filosfia e ideais. Segue um pequeno trecho:


(...) Então, como rosto coberto da boa lama das oficinas, mistura de escórias metálicas, de suores inúteis, de fuligens celestes - nós, contundidos e de braços enfaixados mas impávidos, ditamos nossas primeiras vontades a todos os homens vivos da terra:

Manifesto do Futurismo

1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.

2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.

3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o extase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.

4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade (...)



Como puderam ver, os muchachos da escola não eram nada quietos e isto era seu propósito: criar o caos, o dinamismo, exaltar o barulho, a agitação e 'detonar' com o antigo e o antiquado moralismo!


Resumindo: os futuristas estimulavam e cultuavam a 'muvuca', a bagunça total, o avanço desenfreado da economia, a potência e o crescimento da tecnologia e o corre-corre do dia-a-dia (alô?!)


Dito isto, chegamos a conclusão do que eles realmente fizeram: rocked  - and shocked - the world! (chocaram todo mundo)


Agora, se tem uma coisa que eles NÃO faziam era seguir regras, não importava sua origem (coitadas das mães deste povo!). Além de não segui-las, eles as quebravam (simples né?!)


Em poucas palavras: eles detonaram com tudo literalmente, dando um tremendo de um 'hasta la vista baby' para as regras gramaticais e estéticas.


Eles perambularam e influenciaram todas as medias (escultura, pintura, arquitetura, literatura, música, cinema, etc.) e, apesar de todo o rompimento com o tradicional, o movimento acabou se tranformando em um dos, senão o primeiro, movimentos vanguardistas do século XX.




beijos e pé na estrada!

Esse povo tá de olho


Vagando por aqui, achei este link 'ótemo'. Vai lá e aproveita para fazer sua inscrição e dar aquela espiadinha no acervo online deles: maravilhoso!




Obra do estudante de Licenciatura em Ed. Artística, Jander Luiz Rama


18 de set. de 2009

9 de set. de 2009

Alguma dúvida?

Ficou curiosa(o) e ainda quer saber mais?!
Olha aqui ô: 96 páginas de puro luxo!
Só podia ser da Taschen né?!




 Marling, Karal Ann






beijos e pé na estrada!

8 de set. de 2009

A chave de ouro

Pode até estar parecendo compulsivo, mas quanto mais pesquiso sobre  o Rockwell, mais cositas bacanas eu termino descobrindo.


Uma dessas cositas bacanas e interessantes trata de um personagem criado durante a II Guerra Mundial e publicado em algumas capas do The Saturday Evening Post: o Willie Gillis Jr. ou só Willie Gillis, como era mais conhecido.


O personagem era um retrato fiel dos americanos da época e seu estilo de vida: um homem comum, mortal, sofredor e, principalmente, batalhador (alguma diferença com os homens e mulheres de hoje?!)


Logo após sua primeira aparição, em 1941, Gillis estourou e, ao todo, foram publicadas 11 capas com o personagem.


O curioso é que Gillis foi retratado de forma tão perfeita e natural - característica em qualquer trabalho do Rockwell - que muitos dos leitores acreditavam que ele, de fato, existia.


Em 1946, Gillis apareceu pela última vez. Desta vez, o personagem não trajava uniforme nem estava em campo da batalha; ele foi visto sentado em uma janela de sua casa, concentrado e estudando.

   
"Nós sabemos que as coisas terminaram bem para Gillis" comentou Rockwell.



beijos e pé na estrada

4 de set. de 2009

Para cantarolar no chuveiro...

e depois se dar um mimo de presente






3 de set. de 2009

Afinal de contas, quem era ele?

Famoso por sua extrema exatidão e meticulosidade na execução de seus trabalhos, Norman Rockwell foi um dos mais destacados pintores e ilustradores dos Estados Unidos do século 20.


Nascido em 1894 em Nova York/USA, Rockwell começou a se interessar por arte desde muito cedo, chegando a frequentar duas das mais consagradas escolas de arte do país: a National Academy of Design e a Art Students League of NY.


O muchacho começou logo cedo a levar seus trabalhos a sério e suas primeiras ilustrações foram parar na revista especializada 'Boy´s Life', publicação da Associação dos Escoteiros dos Estados Unidos.


Da mesma forma que começou a trabalhar cedo, a fama também surgiu rapidamente. Ainda na Boy´s Life, ele foi nomeado editor por três anos consecutivos e, de lá, partiria para trabalhos mais sérios e recompensadores, como por exemplo, a The Saturday Evening Post.




Com a Saturday o namoro foi longo e prazeroso, lhe rendendo 47 anos de trabalho e exatas 321 capas produzidas.


No meio disso tudo, Rockwell ainda arrumou tempo para produzir uma série de cartazes pro-guerra e outras capas mais, como as produzidas para a American Life e The Look Magazine - pivô de sua separação com a Saturday e com quem terminou seus últimos 10 anos de produção.


Rockwell foi um danado mesmo; conseguiu produzir mais de 4.000 obras, todas com a mesma meticulisidade, exatidão e extremos conhecimento anatômico pelo qual sempre foi tão conhecido.


Proveita e dá só uma espiadinha na produção do garoto. Ô santo google!



beijos e pé na estrada

2 de set. de 2009

As rosas que deram o que falar


Ontem a N. me mandou um link 'ótemo' sobre um dos mais famosos cartazes americanos produzidos durante a II Guerra Mundial: Rosie, the Riverter (Rosie, a rebitateira)

O pôster, de 1943, também muito conhecido por sua frase de efeito 'We can do it!' (Nós podemos!) foi criado por J. Howard Miller que tentou, por meio do cartaz, demonstrar o espírito batalhador e encorajador das mulheres da época - que para os que não sabem, foram elas as responsáveis pela produção industrial enquanto os rapazes estavam em campo de batalha.

O que eu acho que vocês realmente não sabem é que a Rosie do Miller é, na realidade, Geraldine Doyle e que a Rosie, de fato, é do Norman Rockwell, mas o nome dela não é Rosie e sim Mary e que a verdadeira Rosie, de quem tanto falamos, virou um ícone ‘pop’ após ter participado de um pequeno filme promocional.

Confundiu? Deixa explicar.

Rosie Will Monroe, a primeira e tão admirada Rosie, era uma jovem viúva com duas filhas que fazia parte do corpo de construção de bombardeiros na Ford´s Willow Run Aircraft Factory, em Michigan/USA.

Certo dia, a caminho do trabalho, a bonita foi observada e convidada pelo astro Hollywoodiano, Walter Pidgeon, a fazer parte de um filme promocional pro-guerra que, pouco depois, foi exibido nos cinemas, deixando a Rosie exposta e, lógico, famosa.


Resumindo: a Rosie virou um ícone, inspirou as mulheres e influenciou os artistas a criarem suas próprias Rosie, entre eles: o Miller e o Rockwell.

Para criar a 'Rosie, the Riveter', que logo saiu na capa da Saturday Evening´s Post, Rockwell convidou Mary Doyle Keefe, uma telefonista local que sua mulher conhecia, para posar por 5$ dólares o dia.

Rockwell conseguiu em 02 dias no total, transformar uma leve e curvilínea telefonista em uma forte e corpulenta rebitareira - uma figura sagrada para o desenvolvimento econômico pro-guerra nos Estados Unidos (reparem na auréola em sua cabeça)

E as fontes garantem: não tardou muito para que a Rosie do Rockwell também se tornasse popular; tão popular que a obra original foi leiloada em Maio de 2002 pela Sotheby´s por $4,959,500,00 dólares.

A Rosie do J. Howard Miller também surgiu de forma inusitada.Trabalhando para o Westinghouse War Production Co-Ordinating Committee em 1942, Miller teve acesso aos arquivos das campanhas e, entre eles, estava a foto da pequena patriota Geraldine Doyle (ela tinha 17 anos na época).

Não se conhece o autor da foto ou seu paradeiro, mas, o que se sabe é que esta foi tirada enquanto a Geraldine estava trabalhando em uma fábrica em Montana/USA.

E o que Miller fez? Pegou a foto, a reinterpretou e bom, o resultado nós já sabemos: We can do it! (e não Rosie, The Riveter como tantos confundem)

O curioso é que a Geraldine não fazia idéia de que tinha virado uma 'pop girl' até ver a obra em uma revista daquela época, em 1984!

Em 1992, o U.S. Postal Service produziu uma série com as artes da II Guerra Mundial e adivinha quem estava lá? Claro, a Rosie, nossa Rosie.

Em Janeiro deste ano faleceu a, até então, mais velha Rosie ainda viva na história, Shirley Karp. Shirley recebeu $6 dólares para posar e duas de suas fotos chegaram a fazer sucesso. Ela foi uma Rosie de 1943 a 1945.

Hoje em dia temos outros e vários tipos de guerra; acredito que ser uma Rosie e lutar por boas causas seria uma ótima pedida, não acham?

*aqui tem a dica de fotos originais, que você acha aqui.


beijos e pé na estrada

1 de set. de 2009

Com fé e pé na estrada


Então garotas,

Todo mundo sabe que o banheiro é o grande templo das mulheres.
Todo mundo sabe que lá, e só lá, pode acontecer de tudo - e tudo mesmo!
Além do básico, a mulherada encontra ali um espaço 'ótemo' para trocar figurinhas, se atualizar em vários assuntos e, de quebra, por a leitura em dia.

Ô santa leitura! Maquiagem, moda e fofocas são assuntos tarimbados em banheiros femininos, certo? Certo. Agora, que tal pensarmos em trocar umas figurinhas com outros, e tão interessantes quanto, assuntos? Que tal um pouco de arte, design, música e outras cositas mais?

Se você, garota como eu, estiver afim de outros tópicos na vida, pode ir se sentando na privada e ir colocando os assuntos em dia. E se vocês aí, da macharada, estiverem afim também, podem até dar uma espiadinha, mas cuidado para não pegar nenhuma das minhas garotas desprevenida.

beijos e pé na estrada